Durante lançamento de candidatura para a presidência da República neste sábado (7), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu o papel das estatais e criticou a atual política de preços da Petrobras e a capitalização da Eletrobras, pregou o resgate da soberania nacional e repisou falas em prol da criação de empregos e do combate à fome
“Defender nossa soberania é defender a Petrobras, que vem sendo desmantelada e sucateada, dia após dia”, disse.
“Colocaram a venda as reservas do pré-sal, entregaram a BR Distribuidora e os gasodutos, interromperam a construção de algumas refinarias e privatizaram outras”, acrescentou, sem mencionar os episódios de corrupção na estatal, conhecido como “petrolão”.
“O grave momento que o país atravessa, um dos mais graves da nossa história, nos obriga a superar eventuais divergências”, disse, diante de uma imagem da bandeira do Brasil. “Queremos unir os democratas de todas as origens e matizes […] para enfrentar a ameaça totalitária.”
O petista buscou se contrapor ao principal adversário na disputa, o presidente Jair Bolsonaro (PL), afirmando que ele é autoritário e ataca a soberania, a democracia e as instituições. Acusou-o de mentir para esconder sua incompetência e de destruir o que foi construído nos anos do PT no governo.
O evento que marcou o lançamento do movimento Vamos Juntos pelo Brasil teve início às 10h (horário de Brasília) e foi transmitido ao vivo pelas redes sociais de Lula.
Marcaram presença nomes conhecidos do Partido dos Trabalhadores, como o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad e a presidente do partido, Gleise Hoffmann, além de apoiadores de outras siglas, como Guilherme Boulos (PSOL), Luiza Erundina (PSOL) e Marcelo Freixo (PSB).
Devido à Covid-19, o ex-governador de São Paulo e pré-candidato a vice de Lula, Geraldo Alckmin, não participou presencialmente. Ele discursou minutos antes de Lula por meio de uma videochamada.